quarta-feira, 4 de julho de 2012

Trabalho sobre Sucata Eletrônica



                              Lixo eletrônico no Brasil


            O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, que lançou em junho seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria. O que deveria ser um sinal de avanço tecnológico virou um problemão. Você troca a televisão, compra micro-ondas novo e o que faz com os modelos que ficaram ultrapassados? Já existe uma lei sobre o descarte desse material, mas nem todo mundo segue. Resultado: as lojas de conserto têm pilhas de sucata eletrônica que muitas vezes acabam no lixo mesmo, sem nenhum tratamento.

          Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China. São 0,4 quilos por pessoa ao ano. Em números absolutos, seriam 115 mil toneladas no Brasil, contra 495 mil na China. No setor de impressoras, são outras 17,2 mil toneladas de lixo por ano no Brasil, perdendo apenas para a China.

         O que fazer com aqueles eletrodomésticos que já não funcionam tão bem ou pifam quando você precisa usar? Levar para o conserto? “Não vale a pena mandar arrumar. A gente joga fora e compra outro, porque a diferença de preço às vezes é de 90% do valor de um novo”, segundo pesquisa.
Em alguns casos, o consumidor até leva o aparelho para consertar, mas depois muda de ideia e não volta para buscar. Assim, as lojas de conserto ficam cheias de peças abandonadas.
“O cliente autoriza, você gasta com componentes para consertar o aparelho e ele não busca ou diz que não quer que já comprou outro. Ou simplesmente ele diz que esqueceu e deixa o prejuízo com a empresa”, segundo os donos de assistência técnicas.

Chega uma hora em que a empresa tem que se desfazer de alguns aparelhos e surge um novo problema. Onde deixá-los? Alguns são doados, outros vão parar na lixeira comum. É o que comumente acaba acontecendo. A sucata eletrônica poderia ser reciclada. Abandonada, se transforma em risco para a saúde. 

          Uma lei aprovada em 2010 criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos que define como tratar e reutilizar o lixo no país, mas especialistas dizem que é preciso mais do que uma lei.“O fato de ter sido publicada a alei não significa que, de hoje para amanhã, todo mundo vai ficar consciente e vai colocar os resíduos no lugar certo ou vai consumir menos. A questão não é a lentidão da aplicação da política, mas são hábitos culturais humanos”, comenta a professora Maria Vitória, da UnB.

   Veja porque não jogar esse tipo de material na lixeira comum:


Chumbo – usado em TVs, celulares e computadores – Danos cerebrais, neurológicos e renais, doenças do sangue e comprometimento de fetos. Em altos níveis de exposição causa vômito, diarreia, convulsões, coma e morte.

Mercúrio – usado em lâmpadas, displays, telas LCD, chaves e circuitos impressos – Altos níveis de exposição contribuem para danos cerebrais, renais e problemas de desenvolvimento de fetos, podendo contaminar o leite materno e os peixes. A sua ingestão ou inalação causa danos ao sistema nervoso central e aos rins.

Cádmio – usado em baterias de celulares, resistores, detectores de infravermelho, semicondutores, tubos de TV antigos e alguns plásticos – Sua concentração no organismo é cumulativa e pode causar problemas de rins, danos na estrutura óssea, além de ser cancerígeno.

Arsênico – usado em celulares – Causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso central e pode causar câncer de pulmão.

Berílio – usado em placas-mãe de computadores e celulares – Causa câncer de pulmão.

Cromo hexavalente – usado na proteção de placas metálicas contra a corrosão – Causa bronquite asmática e deformações do DNA.

Plásticos e PVC – constituem, em média, 20% do material dos computadores, usados em circuitos impressos e componentes como conectores, gabinetes e cabos – São difíceis de serem separados na reciclagem e, quando queimados, produzem substâncias tóxicas que, se inaladas, causam problemas no aparelho respiratório.

Retardantes de chamas (BRTs: Brominated Flame Retardant) – Causam desordens hormonais, nervosas e reprodutivas.



    Recebimento de aparelhos ainda em funcionamento.


         Algumas empresas disponibilizam locais no Brasil onde recebem equipamentos eletrônicos para reciclagem. Algumas delas recebem apenas equipamentos que ainda estão funcionando.
Entre elas, temos:

Canon - http://www.canon.com.br
Comitê para a Democratização da Informática (CDI) - http://comite.cdi.org.br
Comlurb - ttp://www.rio.rj.gov.br/comlurb/
Dell - http://www.Dell.com/recycling
Hewlett-Packard (HP) - http://www.hp.com.br/baterias
Centro de Recondicionamento e Reciclagem de Computadores do Distrito Federal (CRC/DF)
http://www.fundacaobancodobrasil.org.br
Kodak - http://www.kodak.com.br
Motorola - 800-773-1244 para as demais cidades. Site: http://www.motorola.com.br
Museu do Computador(SP) - http://www.valvolandia.com.br.



      O descarte que já tem regulamentação


              No dia 2 de agosto de 2010 o Presidente da República sancionou  a Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305 - que tramitava no Congresso Nacional há quase 20 anos, desde 1991.  O Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamentou a Lei.
         
         E agora, aos poucos, começa a ser posta em prática a responsabilização de comerciantes e fabricantes de produtos eletrônicos, que precisam pensar e planejar o destino final a ser dado para o chamado "lixo eletrônico". Ao poder público cabe cuidar do destino final do lixo eletrônico das pessoas físicas. A Prefeitura de Porto Alegre tem quatro postos de descarte à disposição da população:

Horário Comercial:
1 – Capatazia do Gasômetro  - Av. João Goulart nº 158 - Telefone: 3224.9724
2 – Seção Norte - Travessa Carmen nº 111 - Telefone: 3268.8330
3 – Procempa - Av. Ipiranga nº 1.200 - Telefone: 3289.6163
4 – Capatazia da Glória - Rua  Carvalho de Freitas nº 1.012 - Telefone: 3332.0340

Os grande geradores (comércio e indústria) podem receber orientação através do telefone (51) 3289.6987.

Por enquanto, uma empresa se candidata a ajudar os interessados.
TRADE RECYCLE LTDA. (conveniada com a Prefeitura de Porto Alegre).
Fone (51) 3469.0906
www.traderecycle.com.br
coleta@traderecycle.com.br

Feira arrecada 30 toneladas de lixo eletrônico em POA

Segundo a organização, mais de 2 mil pessoas entregaram materiais. Evento ocorreu neste sábado (30/06/2012) na Usina do Gasômetro, no Centro de Porto Alegre.

3ª Feira de Descarte de Equipamentos Eletrônicos, promovida pela prefeitura de Porto Alegre, arrecadou cerca de 30 toneladas de lixo eletrônico neste sábado  (30/06/2012) na Usina do Gasômetro, no Centro da capital. O resultado superou a edição do ano passado, quando foram recolhidas 25 toneladas. Segundo a organização do evento, mais de 2 mil pessoas preencheram os formulários para a entrega dos resíduos. Conforme a secretária municipal de Inovação e Tecnologia, Deborah Pilla Villela, o objetivo da feira, no entanto, é reduzir cada vez mais o número de colaboradores. A ideia, explica ela, é que as pessoas passem a utilizar os locais da cidade que recebem os equipamentos eletrônicos usados e dão o destino correto a eles. O slogan sugestivo da campanha – “não devolva para a natureza o que ela não produziu” – reforça a ideia de sustentabilidade, segundo a secretária.                          O descarte correto de equipamentos como computadores, caixas de áudio e televisão evita que o solo absorva chumbo e mercúrio, elementos químicos prejudiciais ao meio ambiente. "A nossa meta é conscientizar a população a dar o destino certo para esses materiais. Neste sábado lançamos mais um local na cidade que recebe lixo eletrônico em parceria com a iniciativa privada, o que também nos ajuda muito", disse ao G1. "Na primeira feira que fizemos, em 2010, não tínhamos nenhum ponto de recebimento na capital. Hoje o quadro já é outro".
            O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) centraliza todo o sistema de coleta do lixo eletrônico. Os cinco pontos de arrecadação em Porto Alegre funcionam em horário comercial na Usina do Gasômetro, na Procempa da Avenida Ipiranga, na Rua Carvalho de Freitas no Bairro Glória e na Travessa Carmen, na Zona Norte. O quinto ponto de recebimento começará a funcionar no dia 15 de julho na Loja Leroy Merlin, na Avenida Sertório. Todos os pontos podem ser conferidos no site do DMLU (www.portoalegre.rs.gov.br/dmlu).



                         Trabalho de sustentabilidade


              Nesse tema de reciclagem eletrônica, foi desenvolvido o trabalho de utilizar sucata para desenvolver algo com isso, para que não fosse apenas descartado, e sim reutilizado de forma criativa, pelos alunos do curso de Informática do IPUC. Idéia proposta pelo Professor Jéferson.

              No meu trabalho foram utilizadas peças de computadores que estavam queimadas ou danificadas. Entre elas, foram utilizadas:

Estabilizador;
Drivers de DVD;
Partes de HD;
Driver de disquete;
Caixas de som;
Mouses;
Router Wireless;
Cabos em geral; (Força, Flat, etc.);
Mídias de DVD;
Componentes de placa-mãe;

Ao que levou o nome de “MEGA SUCAZORD”, batizado pelo meu irmão mais novo.
                                              By Fernando A.Lopes - 04/07/2012



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