domingo, 16 de outubro de 2011

Homenagem a Steve Jobs



O gênio da Apple deixa o mundo com uma história de vida marcada por muita determinação e superação. Leia mais sobre a brilhante trajetória deste homem.


Na última quarta-feira (05), o Mundo perdeu um dos mais importantes nomes da tecnologia. Steve Jobs não venceu a luta contra um câncer no pâncreas, mas pode-se dizer que foi um grande vencedor da vida. Gênio, inventor, empresário, pai, marido, investidor... Jobs não foi um mero grande conhecedor da informática, mas também um pensador, um visionário e acima de tudo um humano cheio de garra e determinação que nunca deixou seus objetivos para trás.

Infância

Steve superou inúmeros obstáculos ao longo dos seus 56 anos. Quando bebê, foi abandonado por seus pais biológicos e posteriormente adotado pelo jovem casal Paul e Clara Jobs. Mais tarde, acidentalmente, ingeriu veneno para formigas e teve que ser levado às pressas ao hospital. Aos 10 anos, já mostrava seu  interesse pelos meios eletrônicos - o que fez com que mais de uma vez levasse choques fazendo "experiências" com as tomadas de sua casa.

Adolescência

Em 1970, conheceu Steve Wozniac, com quem compartilhou suas paixões pela tecnologia, Beatles e Bob Dylan. Com ele, se uniu para dar início às suas primeiras aventuras tecnológicas e, juntos, logo começaram a tirar algumas ideias do papel.
No ano de 1972, Jobs ingressou na faculdade, porém a deixou seis meses mais tarde por questões financeiras. Na época, também ao lado de seu grande amigo Wozniac fez algo curioso e inusitado: trabalhou em um mercado caracterizado como um dos personagens do clássico "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carrol, pelo salário de US$ 3 por hora.

Início da carreira

Aos 19 anos, partiu para uma viagem à Índia, onde teve contato com novas culturas e crenças. Tornou-se budista. No ano seguinte, como qualquer jovem humilde, fundou uma empresa na garagem da casa de seus pais. Sem recursos, os computadores que criava eram feitos quase que artesanalmente, à mão, e vendidos de porta em porta. Disposto a tudo, Jobs dividia seu tempo entre a empresa que criara e o emprego que tinha na Atari. Woz, se sócio, fazia o mesmo com o cargo que ocupava na HP.
Sem capital, em 1976 o "pai da maçã" vendeu seu automóvel por US$ 1500. No mesmo ano, o empresário norteamericano Mike Markkula decidiu dar uma chance aos garotos da Apple, tornando-se o primeiro investidor desta que mais tarde seria uma das mais aclamadas do setor.

Vida Pessoal

Chris-Ann Brennan, sua namorada em 1977, diz estar grávida. Jobs nega a paternidade e a moça se recusa a fazer um aborto. Eles rompem e a criança nasce no início do ano seguinte. Na época, por coincidência ou não, Steve dá início a uma nova criação que leva o nome da menina: Lisa. No Halloween, ele choca até os mais próximos ao se vestir de ninguém menos que Jesus Cristo.
No início dos anos 80, Steve Jobs deixa de lado seu estilo hippie e passa a se comportar mais como o empresário que estava se tornando. Mesmo tendo em mãos o resultado positivo da parternidade de Lisa, Jobs custa a aceitá-la como filha, mas uma ordem judicial o obriga a pagar à garota uma pensão proporcional ao que estava ganhando (as ações da Apple estavam valendo milhões)...
Nos anos 90, Jobs casa-se com Laurene Powell, com quem tem mais três filhos: Reed (1991), Erin (1995) e Eve (1998).

Particularidades de Jobs

Pode-se dizer que Jobs sempre se destacou por seu modo diferente de ser, levar a vida e encarar desafios. Disposto a tirar o melhor de cada oportunidade, foram aulas livres de caligrafia que o ajudaram a tornar sua marca única com desenhos inovadores de fontes.
Incomum, ele seguia regras próprias. Não era vegetariano, mas optou por não ingerir carne vermelha e era amplamente contra as redes de fast food. Sua primeira casa praticamente não tinha móveis e conforto passava longe do local. Na Apple, seu salário oficial era de um dólar por ano (isso porque os lucros que ele recebia eram todos derivados das ações e não da empresa) e suas apresentações contavam sempre com o mesmo figurino: camisa preta, calça jeans e tênis branco.
Steve sempre creditou sua determinação ao modo como foi criado e às experiências pelas quais passou ao longo das décadas. Dormir no chão do alojamento de amigos, ser rejeitado pelos pais, ter sido demitido da própria empresa e até ter experimentado alguns tipos de drogas foram exemplos citados diversas vezes por ele (que defendia a ideia de que devemos fazer apenas aquilo que nos faz sentir bem ou melhor).
Para Jobs, ter amor pelo que faz é sinônimo de sucesso e felicidade e foi em busca deste amor incondicional que ele construiu sua vida pessoal e profissional. Hiperativo, ele nunca estava satisfeito com o corriqueiro, o comum. Ele sempre quis ir além, tornando-se um exemplo a ser seguido.
Steve Jobs não deixa na história apenas um enorme número de equipamentos eletrônicos revolucionários. Deixa também frases memoráveis dignas de um gênio, um professor. Think Different, think like Steve Jobs.



Vídeo completo do discurso que Jobs fez aos formandos de Stanford (com legenda em português)

Postado por: Ramiro Vargas, Diego Alessandro e Maiquel Leites.